quinta-feira, 26 de março de 2009

Nossa História

Tudo teve início quando minha filha, Beatriz Akemi de Rezende, a Bia, necessitou ir para os Estados Unidos – Little Rock, Arkansas – para submeter-se a uma difícil e delicada cirurgia, com risco de morte, de um mal diagnosticado no Brasil como “Hemangioma” e lá, como “tumor vampiro”. Essa doença rara, caracteriza-se pela existência de uma artéria ou veia que se alimenta de outras ao redor, e vai se avolumando cada vez mais, e invadindo algumas vezes áreas vitais do organismo humano. Ou comprometendo a qualidade de vida do doente. Bia foi operada no Children’s Hospital da Universidade de Arkansas, pelo renomado médico, Dr. James Y. Suen, no dia 9 de março de 2007 e sua cirurgia e recuperação se tornaram “case” do Discovey Channel Health, cuja edição em inglês já está circulando nas redes de TVs de língua inglesa. Bia ficou 45 dias sem poder falar ou comer, pois retirou 80% da língua e o inchaço decorrente da operação a obrigava à alimentação naso-faríngea e à respiração via traqueostomia.

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Daffoldils

Daffoldils
Sobre Daffoldils...
Transcrevo o lindo poema de William Woodsworth, inglês, que com rara sensibilidade registrou a gloriosa florescência dos narcisos dourados. Segue também uma tradução livre, de minha autoria. Explico-lhes porque o faço: nos meus dezessete anos, fui incumbida de destrinchar o texto, para uma prova
de inglês, cuja professora era super-exigente. Tirei a nota máxima. Isto representou 99% de suor e 1% de inspiração. E pelo esforço dedicado, sempre desejei ver um daffodil. Quarenta e cinco anos depois, essa oportunidade me foi dada, por ocasião da cirurgia de minha filha, em 2007, na cidade de Little Rock, Estados Unidos. Floresciam em todo o seu esplendor justificando a inspiração que Woodsworth teve, em
1804, andando à beira do lago Ullswater, com sua irmã Dorothy, em um dia tempestuoso.

I wandered lonely as a Cloud

I wandered lonely as a Cloud
That floats on high o´er vales and hills,
When all at once I saw a crowd,
A host of golden daffodils;
Beside the lake, beneath the trees,
Fluttering and dancing in the breeze.

Continuous as the stars that shine
And twinkle on the milky way,
They stretched in never-ending line,
Along the margin of the bay:
Ten thousand I saw at a glance
Tossing their heads in sprightly dance.

The waves beside them danced, but they
Out-did the splarkling waves in glee:
A poet could not but be gay
In such a jocund company.
I gazed and gazed – but litlle thought
What wealth the show to me had brought.

For oft when on my couch I lie,
In vacant or in pensive mood,
They flash upon that inward eye
Which is the bliss of solitude,
And then my heart with pleasure fills
And dances with the daffodils.

EU FLANAVA COMO UMA NUVEM

Eu flanava como uma nuvem
Vagabundeando sobre vales e colinas
Quando de repente, vi: uma multidão?
Não! Um exército de dourados daffodils
Margeando o lago, bem abaixo das árvores,
Ondulando e dançando ao ritmo da brisa.

Alinhados a perder de vista
Brilhavam e piscavam como estrelas na Via Láctea.
Vi milhares deles, cabeças livres e soltas,
gingando em frenético compasso.

E nesse ondular de exuberante alegria,
Superavam as brilhantes ondas do lago ao redor.
Difícil um poeta não se deixar seduzir
Por tanta explosão de cores e júbilo:
Que riqueza para minha inspiração.

Sempre que me abandono no leito,
Distraído ou pensativo,
Eles surgem do nada e como flashes,
Espoucam no meu íntimo,
E me presenteiam com o supremo recolhimento.
E aí minha alma se farta de prazer
E dança com os daffodils.